O Ministério Público do Rio Grande do Sul abriu um inquérito civil para investigar o descarte irregular de sangue humano por uma funerária de Pelotas. A apuração começou nesta quarta-feira, 17 de novembro, após pareceres técnicos confirmarem o dano ambiental. O caso ocorreu no início do mês, em área urbana do município.
A Patrulha Ambiental da Brigada Militar e a Secretaria da Qualidade Ambiental identificaram o descarte incorreto. As equipes recolheram o material e enviaram tudo ao Gabinete de Assessoramento Técnico do Ministério Público, em Porto Alegre. Os técnicos analisam o impacto causado e orientam a condução do procedimento.
O promotor de Justiça Adriano Zibetti afirma que o Ministério Público pretende propor um Termo de Ajustamento de Conduta à funerária. Ele destaca que a medida busca reparar o dano e definir os valores da indenização. A empresa disse ao órgão que tenta regularizar a situação com a contratação de um serviço especializado.
A Patrulha Ambiental recebeu ainda outras solicitações de diligência. Os agentes vão vistoriar estabelecimentos que realizam tanatopraxia em Pelotas. O objetivo das visitas é identificar se o caso foi isolado ou se há irregularidades semelhantes em outros serviços da cidade.
O Gabinete de Assessoramento Técnico segue avaliando o material coletado no local do descarte. O resultado vai orientar os próximos passos da investigação e definir se outras medidas serão adotadas.
