Motorista escolar é condenado a 37 anos por estupro de crianças em São Lourenço do Sul

Motorista foi condenado por estuprar duas crianças de três e quatro anos; crimes ocorreram de forma recorrente em 2018, de acordo com o MP/RS.

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Redação

10/28/20252 min ler

motorista condenado estupro de crianças em são lourenço do sul
motorista condenado estupro de crianças em são lourenço do sul

Após denúncia do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), a Justiça condenou um motorista escolar a 37 anos, 9 meses e 18 dias de reclusão em regime fechado por estupro de vulnerável em São Lourenço do Sul.

A decisão foi proferida nesta segunda-feira, 27 de outubro. Além da pena, o réu deverá pagar indenização mínima de 10 salários mínimos a cada uma das vítimas.

Os crimes ocorreram em novembro de 2018, quando o homem atuava no transporte escolar municipal. Segundo a investigação, ele se aproveitava da posição de confiança e da ausência de supervisão para abusar de duas crianças de três e quatro anos.

Os atos foram praticados repetidamente, tanto no interior do veículo quanto em sua residência, para onde levava os menores sob o pretexto de trocar de ônibus.

Durante o processo, as vítimas prestaram depoimento especial, conforme previsto na legislação de proteção à infância. Também foram ouvidos familiares, profissionais da educação e da saúde, que relataram mudanças de comportamento nas crianças após os abusos. Laudos psicológicos e relatos espontâneos reforçaram a materialidade e a autoria dos crimes.

A sentença reconheceu que os abusos ocorreram em sequência e em mais de uma ocasião, e considerou agravante o fato de o réu ter se valido da função de motorista para exercer poder sobre as vítimas. A decisão destacou a gravidade dos fatos, enquadrando-os como estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal.

A promotora de Justiça Cristiana Müller Chatkin, autora da denúncia, destacou a relevância da condenação.

“Essa sentença é fruto de um trabalho minucioso de investigação e atuação institucional, que buscou garantir justiça às vítimas e a responsabilização pelos crimes cometidos. Trata-se de um caso extremamente grave, que exige do Sistema de Justiça uma resposta firme e comprometida com a proteção da infância”, afirmou.