Silva, Santos... Os sobrenomes mais comuns de Camaquã

Descubra os sobrenomes mais comuns de Camaquã segundo o Censo 2022. Silva, Santos e Oliveira lideram o ranking e revelam a origem das famílias da cidade.

VOZ DA LAGOA

Redação

11/12/20252 min ler

Sobrenomes mais comuns de Camaquã: conheça os nomes que contam a história
Sobrenomes mais comuns de Camaquã: conheça os nomes que contam a história

Os sobrenomes são marcas que atravessam gerações. Eles carregam origens, histórias e laços que conectam famílias há séculos. Em Camaquã, segundo dados do Censo 2022, dez sobrenomes se destacam entre os mais comuns, revelando parte da formação cultural da cidade e da região da Costa Doce.

O mais frequente é Silva, com 7.563 pessoas. De origem portuguesa, o nome vem do latim silva, que significa “floresta” ou “selva”. Ele é um dos sobrenomes mais antigos e difundidos do país, presente desde os primeiros registros coloniais.

Em segundo lugar aparece Santos, com 4.000 registros. O sobrenome tem origem religiosa, ligado à devoção de Todos os Santos, e foi amplamente adotado por famílias portuguesas, especialmente aquelas batizadas em datas comemorativas religiosas.

Na terceira posição está Rodrigues, com 2.443 pessoas. Esse nome patronímico significa “filho de Rodrigo” e também tem origem ibérica. Logo depois aparece Oliveira, com 2.295 registros, associado à árvore símbolo da paz e à tradição cristã, muito comum entre famílias de origem rural.

O quinto sobrenome mais comum é Martins, com 1.971 registros. O nome deriva de Martinus, forma latina de Marte, o deus da guerra, e foi popularizado pela veneração a São Martinho de Tours. Na sexta posição está Souza, com 1.603 pessoas, um dos mais tradicionais de Portugal, originário da antiga localidade de Sousa.

O sétimo lugar é ocupado por Pereira, com 1.492 registros, sobrenome toponímico relacionado à árvore de peras, muito usado para identificar famílias que viviam em regiões rurais. Em oitavo aparece Ribeiro, com 1.470 pessoas, cujo significado está ligado a “quem vive perto de um ribeiro” ou “pequeno rio”.

Em seguida vem Silveira, com 1.399 pessoas, também inspirado em elementos da natureza e muito comum nas regiões do Sul do Brasil. Fechando a lista dos dez mais populares está Nunes, com 1.295 registros, um nome antigo derivado de Nuno, que em latim quer dizer “avô” ou “ancestral”.

A ciência por trás dos nomes

O estudo dos nomes próprios tem nome e método. A Onomástica é a ciência que analisa a origem e o significado dos nomes, enquanto a Antroponímia é o ramo que se dedica especificamente aos nomes de pessoas.

No Brasil, existem mais de 200 mil sobrenomes diferentes, segundo o Censo 2022. Eles são transmitidos de pai para filho e indicam, geralmente, a origem familiar materna e/ou paterna.

A Lei dos Registros Públicos permite que cada cidadão tenha múltiplos sobrenomes, desde que estejam presentes nas certidões dos pais ou ascendentes.

Tradicionalmente, o nome da mãe costuma aparecer antes do do pai, mas essa prática não é obrigatória. Hoje, muitas famílias escolhem a ordem dos sobrenomes com base em preferências pessoais, tradição ou sonoridade.

Identidade e história das famílias camaquenses

Os sobrenomes mais comuns de Camaquã revelam traços marcantes da herança portuguesa, predominante na formação da cidade. Cada nome carrega um fragmento da história coletiva da região e ajuda a compreender as raízes culturais de sua população.

Mais do que simples palavras em um documento, os sobrenomes são testemunhos vivos da construção da identidade camaquense. Eles unem passado e presente, lembrando que por trás de cada nome há sempre uma história que merece ser contada.